Implantologia Avançada | Grande entrevista ao Diretor Clínico do Instituto Just-Smile.

Entre na conversa com o Dr. Tiago Balseiro, Diretor Clínico do primeiro Instituto português vocacionado, em exclusivo, aos tratamentos de Implantologia Avançada. Conheça a visão de um dos Médicos Dentistas que já trabalha nesta área clínica há mais de uma década. Fique a saber mais sobre a evolução da Implantologia e descubra o que o futuro nos espera.

Porque decidiu dedicar-se à Implantologia e Cirurgia Oral?

- A Implantologia e a Cirurgia Oral são duas áreas muito complementares. E são áreas que parecem não ter fim: há sempre uma nova técnica, uma nova ideia. Além disto, englobam uma série de incógnitas que sempre me fascinaram. Porque é que um mesmo tratamento pode funcionar num Paciente e não funcionar noutro? Porque é que um mesmo processo pode ter resultados diferentes? Pareceram-me áreas onde havia sempre muito debate e colisão de ideias. E isso sempre me intrigou.

Dr. Tiago Balseiro, Diretor Clínico do Instituto Just-Smile

Hoje em dia já conseguimos chegar a praticamente todas as pessoas com Implantologia.

Gosta de fazer investigação?

Não gosto de não saber. Quando não sei alguma coisa sinto-me impelido a procurar uma resposta. Fico preocupado por não saber e tenho de ir estudar e descobrir o que está a ser dito e feito sobre aquela matéria. Às vezes tenho até de ir descobrir o que é que ainda não sei, para poder encontrar a resposta.

E já se dedica a estas duas áreas há muito tempo...

- É verdade. Desde que acabei a faculdade que percebi que este era o meu caminho. Aliás, que ninguém me oiça [risos], mas cheguei a faltar ao último dia da faculdade de Medicina Dentária para poder ir a uma formação de Implantologia. Na minha altura, o ensino superior destas duas áreas ainda era muito limitado. E sentia ali uma lacuna grande no meu conhecimento. Já lá vão mais de 12 anos.

Como tem evoluído a Medicina Dentária ao longo dos anos?

- Na Medicina Dentária surge muitas vezes aquilo a que eu chamo o pacote “maravilhoso”, que é uma determinada técnica ou um determinado material que vai resolver vários problemas e vai ser muito melhor do que aquilo que tínhamos anteriormente. E a verdade é que nem sempre é assim. É necessário estarmos muito atentos e termos um filtro para estas novas técnicas e novos materiais. Pelo menos é esse o meu ponto de vista: tenho sempre um bocadinho o pé atrás com tudo antes de poder testar e saber quais vão ser os efeitos subsequentes. E acho que em Implantologia, e em Medicina Dentária no geral, mais importante que a novidade, esta postura critica é fundamental para garantir que efetivamente apresentamos a melhor solução a cada um dos pacientes.

As inovações são sentidas pelo Paciente?

- Em relação aos materiais, se calhar não sente no imediato. Sentimos mais nós, os profissionais, que estamos a oferecer àquele Paciente muito mais do que podíamos ter oferecido há alguns anos. O Paciente não tem um conhecimento alargado sobre os materiais que utilizamos. Nós é que sabemos o que estamos a oferecer de melhor àquele Paciente. Porque só por ser a solução mais recente, não significa que seja a melhor para todos.

Que inovações têm surgido ao nível das técnicas e materiais usados?

- Houve muitos avanços positivos nos últimos anos. A nível de materiais temos tido inovações enormes, com a utilização de polímeros cada vez mais resistentes na produção protética. Os implantes dentários tiveram também uma evolução imensa: temos cada vez mais tipos de implantes, com transformações ao nível do corpo dos implantes, das conexões dos implantes, temos a emergência de matérias primas como a zircónia, que se mostram promissoras, embora, na minha opinião, o seu nível de eficácia esteja ainda por consolidar...

Quais foram os grandes benefícios que a Implantologia trouxe aos Pacientes?

- A área da Implantologia já é muito mais abrangente do que há 50 anos, quando começou a surgir. Hoje em dia já conseguimos chegar a praticamente todas as pessoas com Implantologia. O que esta área trouxe de bom, em primeiro lugar, foi a opção: a opção de uma determinada pessoa com um determinado problema poder ter os seus dentes recolocados no modo mais natural possível. A Implantologia permitiu ainda que certas pontes, que nos obrigam a sacrificar alguns dentes para que fiquem estabilizadas, começassem a cair em desuso. Com os implantes, os dentes saudáveis permanecem saudáveis e os que precisam de ser substituídos podem ser fixos sem danificar os restantes. E claro, a reabilitação fixa trouxe ainda um conforto ao Paciente que não se alcança com a reabilitação removível.

Dr. Tiago Balseiro, Diretor Clínico do Instituto Just-Smile:

Em Implantologia [...] a postura critica é fundamental para garantir que efetivamente apresentamos a melhor solução a cada um dos pacientes.

O que acha que a Implantologia e a Cirurgia Oral nos irão trazer no futuro?

- Cada vez mais a terapia genética dá passos largos no sentido de nos prolongar a vida, a dos nossos órgãos.... Tudo indica que, no futuro, os materiais protéticos que usamos irão tornar-se obsoletos porque vamos conseguir criar dentes através de células especificas. Vamos conseguir colocar essas células num determinado sítio, aguardamos uns dias, e nasce ali um dente novo. Acho que este é o futuro dos futuros. Neste momento, nos próximos anos, acho que o digital, a robótica e a inteligência artificial vão ter cada vez mais lugar na Medicina Dentária, como já tem vindo a acontecer. Mas acho que a presença do Médico Dentista vai ser sempre necessária, porque lá está: cada caso é um caso, e o que funciona num Paciente pode não funcionar noutro. É preciso estar perante o problema e ter capacidade de decidir, a cada momento qual, o passo seguinte. Porque, por muito planeamento que façamos, é sempre necessário alterar nem que seja um ponto durante a cirurgia. E, para decidir, o Médico Dentista vai ser sempre fundamental.