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Prótese removível e o fenómeno da reabsorção óssea

Atualizado: 21 de fev.

Se tem ou já teve uma prótese removível, é provável que já tenha lidado com várias das desvantagens associadas a este tipo de reabilitação oral. O medo da prótese deslocar-se ao mastigar ou ao falar e o desconforto associado às próteses removíveis totais superiores, são apenas alguns dos cenários que afastam os Pacientes deste tipo de solução.


Prótese removível

 

Porém, muitas pessoas ainda optam por este tipo de próteses, uma vez que, no curto prazo, são menos onerosas do que as próteses fixas sobre implantes. Só que existe ainda outro fator a ter em consideração. E que muitas pessoas desconhecem. Já ouviu falar no fenómeno de reabsorção óssea?


Perda óssea permanente: um fenómeno progressivo

A utilização de próteses dentárias removíveis pode estar associada a um problema que tende a desenvolver-se de forma gradual. Passando muitas vezes despercebido. Falamos do fenómeno de reabsorção óssea.


De um modo simples, o que acontece é que as próteses removíveis, principalmente, se não estiverem bem ajustadas, não transmitem uma pressão constante sobre a gengiva. O que tem impacto no osso. Como essa pressão não é constante e como, no caso das próteses removíveis totais, muitas vezes, não existem pontos de estabilização em boca, acabam por formar-se algumas lesões nos tecidos de suporte ao longo do tempo. O que acelera o fenómeno da reabsorção óssea.


Infelizmente, este fenómeno não termina enquanto não houver forma de estimular novamente a produção de células ósseas, algo que as raízes dos nossos dentes fazem naturalmente. E que os implantes dentários, felizmente, também conseguem estimular.


Prótese removível: um efeito bola de neve.

Coloquemos a questão desta forma: imagine que tem uma prótese removível. Se esta for total, estará assente apenas sobre as suas gengivas, ou através de um efeito de vácuo com o palato - no caso de ser uma prótese de arcada superior. Se a prótese for parcial (uma prótese removível esquelética), estará apoiada em dentes naturais próximos da região edêntula (zona sem dentes naturais).


Mesmo que tenha pontos de estabilização, uma prótese removível nunca ficará totalmente imóvel em boca. Ou seja, vai movimentar-se com a mastigação, ao falar, ou ao movimentar a língua, mesmo que esses movimentos sejam mínimos de início.

Esses movimentos vão começar a macerar a gengiva e a provocar pequenos impactos inconstantes sobre o osso. À medida que estes tecidos vão sendo lesionados, e uma vez que o osso já não tem o estimulo das raízes naturais dos dentes, irá começar a dar-se o fenómeno de reabsorção óssea.


A disponibilidade óssea começará assim a ficar reduzida e os tecidos de suporte começam a transformar-se. O que fará com que sinta a prótese cada vez menos estável na sua boca.


Assim, mais instabilidade traduzir-se-á em mais movimentos da prótese, que provocam mais lesões, que provocam mais reabsorção óssea, o que, por sua vez, volta a fazer com que os tecidos de suporte se transformem e a prótese fique cada vez mais desajustada. Percebe o problema? Trata-se de uma verdadeira bola de neve em que a sua Saúde Oral vai ficando cada vez mais debilitada.


Além do que foi mencionado, nos casos de prótese esquelética, os dentes naturais que oferecem alguma estabilidade à prótese vão ficando cada vez mais danificados, acabando, muitas vezes, por ter de ser extraídos.


Tudo isto, associado ainda a todo o desconforto e difícil adaptação reportados pelos Pacientes, faz com que a prótese removível seja uma solução de substituição de dentes perdidos cada vez menos recomendada pelos Médicos Dentistas.



Se gostaria de trocar a sua prótese removível por uma prótese fixa, mas tem receio de já não ter disponibilidade óssea para colocar implantes dentários, não se preocupe: hoje em dia existem soluções que permitem ultrapassar as limitações provocadas pela reabsorção óssea. Sendo possível recuperar a sua qualidade de vida com próteses fixas, mesmo que o seu caso seja complexo.


O fundamental é confiar em Médicos Dentistas e Cirurgiões Orais experientes, que dominem a área clínica de Implantologia e que tenham à sua disposição a tecnologia necessária para traçar um plano de tratamento minucioso e verdadeiramente ajustado ao seu caso.


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